Espetáculo “Codinome Madame” estreia no Rio de Janeiro na Sede da Cia do Atores

Codinome Madame Nucleo Alvenaria Sede Cia dos Atores

Com atuação de Bia Toledo, texto e direção de Tati Bueno, e codireção de André Grecco, Codinome Madame conta a saga de Madame, uma atriz que acolheu artistas perseguidos, recolheu obras de artes  e recebe o público pela primeira vez onde a arte está proibida.

Codinome Madame Nucleo Alvenaria Sede Cia dos Atores

Imagine o Brasil vinte anos à frente. Em um futuro distópico, a liberdade de expressão é controlada com mãos de ferro, o estado laico não existe e os artistas foram banidos da sociedade. Nesse contexto, qualquer manifestação artística é calada, mas a arte resiste e busca lacunas para respirar. Esta é a premissa de “Codinome Madame”, do Núcleo Alvenaria de Teatro, que estreia no Rio de Janeiro em 16 de setembro na Sede da Cia dos Atores com 3 únicas apresentações.

Codinome Madame foca nos desdobramentos emocionais da protagonista e conduz o espectador pelos caminhos tortuosos da memória da personagem. “Quando começamos a trabalhar no texto o país passava por um processo de desvalorização da cultura e identificamos convergências com os períodos do pós primeira guerra e da ditadura. Começamos a imaginar para onde estávamos caminhando. Não acreditamos que esta seja uma realidade irreversível, mas é um processo que precisamos colocar em discussão“, diz a dramaturga Tati Bueno.

“Vivemos em uma sociedade doente onde todos os valores estão, de alguma maneira, invertidos. A empatia é artigo raro. Esse caos todo foi causado por nós mesmos. Como vamos remediar toda essa desgraça? Não temos uma resposta, só podemos te convidar a refletir sobre como funciona a sociedade e te encorajar a mudar“, completa Bia Toledo.

O espetáculo revisita obras de poetas como Rimbaud, Brecht, Goethe, Clarice Lispector, Oscar Wilde, Fernando Pessoa, entre outros, evidenciando que as artes colaboram com a construção da memória coletiva e a história de um povo. Na jornada de Madame, acompanhamos o seu renascimento, ou o ressurgimento da arte, como um respiro em meio ao caos. Tanto artistas como amantes da arte encontram espaço para manter vivo o teatro, a música, a poesia, as liberdades, nos dando a oportunidade de refletir sobre nossa relação com a arte e como ela é necessária. “A peça é, para mim, a elaboração simbólica de tempos sombrios, nos quais se revela a crueldade humana e, ao mesmo tempo, encontra-se a urgência da vida, que há algum tempo está guardada em caixas com instrumentos musicais calados.” diz André Grecco.

Destaque, ainda, para a equipe de criação artística, o Cenário do Chris Aizner, deixa a alvenaria a mostra, exposta a nossa bandeira chamada Cortina de Boca, que chama por toda pintura, todo grafite, todo rabisco que preenche hoje qualquer página em branco, qualquer muro em qualquer lugar. A preparação da atriz foi feita sob o olhar cuidadoso de Inês Aranha e Jéssica Areias. A trilha sonora, dirigida por Felipe Antunes, toda baseada em metais, sem nenhum outro instrumento de apoio, foi executada apenas com trombone, bombardino e tuba, pelo músico por Allan Abbadia, que também assina a assistência de direção musical. “Trabalhou-se com a sensação de forja. Do metal forjado, do fogo, da ilusão de um instrumento que pode parecer outro“, afirma Felipe. O tratamento final da trilha ficou por conta de Fábio Sá.

“Codinome Madame” estreou on-line em 2021 e fez temporada em 2022 em São Paulo, no Alvenaria Espaço Cultural, sede do Núcleo. A peça foi selecionada para os festivais: Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro, em que ganhou os prêmios de melhor direção e melhor elenco, FESTE – Festival de Pindamonhangaba e FESTAC – Festival de Teatro de Cubatão.

Agora Madame convida todos a tomar um vinho com ela, escolher seu codinome e vir fazer parte da resistência.

Sinopse

CODINOME MADAME, se passa em um futuro distópico, no qual a arte foi completamente proibida. Em 2047, Madame recebe o público pela primeira vez depois de 25 anos enclausurada no espaço que acolheu toda a arte que conseguiu guardar.

Escolha seu codinome e venha fazer parte da resistência.

Ficha Técnica

Realização – Núcleo Alvenaria

Concepção: Bia Toledo e Tati Bueno

Dramaturgia: Tati Bueno

Direção – André Grecco e Tati Bueno

Atuação – Bia Toledo

Assistente de produção – Lucas Martinez

Desenho de som e operação – Cecília Lüzs

Preparação de elenco – Inês Aranha

Preparação vocal – Jéssica Areias

Direção Musical – Felipe Antunes

Assistente de Direção Musical,Trombone, Bombardino e Tuba- Allan Abbadia

Edição e Mixagem de som – Fábio Sá

Cenário, figurino e ilustrações – Chris Aizner

Designer gráfico – Adriana Alves

Costureira – Judite de Lima

Acessórios – Carol Tasca

Desenho de luz – Tati Bueno

Fotos – João Valério

Produção – Clube do Mecenas

Apoio – La Fiorentina e Casa Nova Hotel

Serviço

Local: Sede Cia Dos Atores

Na Escadaria Selarón – R. Manuel Carneiro, 12 – Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ

De 16 a 18 de setembro de 2022

Sexta e Sábado – 20h

Domingo – 19h

Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/produtor/alvenaria

Ingresso social (meia entrada): R$ 20 (Não é necessário apresentar carteirinha de estudante)

inteira: R$ 40,00

Faça seu evento aqui!

Festa de aniversario no Alvenaria Espaço Cultural
Festa de aniversario no Alvenaria Espaço Cultural

Pode ser aniversário, festa de casamento, lançamento de livro, reunião de amigos, festa da firma, comemoração de estreia, ou o que você desejar.

Aos domingos é possível reservara a casa só para o seu grupo.

Nos outros dias reservamos mesa.

O consumo pode ser feito no nosso bar e se desejar podemos te enviar propostas de pacotes de acordo com a sua necessidade.

Reservas por WhatsApp: (11)3871-4981

Cursos on-line

Agora nossos cursos de artes estão on-line, e todo mundo pode fazer! Os encontros acontecem pelo Zoom, com professores experientes em diversas linguagens.

Pensamos em formatos modulares para que o custo fique acessível para todos. As aulas acontecem ao vivo com o professor sempre presente.

Cursos ativos:

A Figura do Palhaço: construção e repertório com Cida Almeida – Jornada 1 e 2

Canto Fácil com Carlos Miúdo.

Estamos sempre abrindo novos cursos e novas turmas. Se tiver sugestões de cursos pode nos enviar!

Saiba mais sobre os cursos clicando clicando aqui:

Micro Galeria de Arte no Alvenaria

O Alvenaria Espaço Cultural Colaborativo abre espaço para as artes visuais com exposições e micro galeria.

O espaço, situado atrás do parque da Agua Branca, que já reune diversas linguagens de arte como o cinema, a musica e o teatro, agora abre suas portas para as artes visuais. Desde agosto de 2019 vem abrigando pequenas exposições e mantem em seu acervo artistas que passaram pelo local como Guilherme Pinkalski, Heloisa Paternostro, Rodrigo Barrales, Ligia Jardim e Palma . Durante e após as exposições as obras ficam à venda com preços a partir de R$40,00. A idéia é que todxs possam adquirir uma obra de arte!

À exemplo de outras galerias alternativas na cidade, a Micro Galeria do Alvenaria pretende apoiar e estimular artistas emergentes e artista da cena independente em um ambiente agregador, onde corre nas veias arte de todos os tipos. O espaço ainda conta uma pequena loja colaborativa de objetos de arte e design, livros, cds dos artistas que ja tocaram na casa e um bar.

Projeto de Música Autoral

O Projeto de Música Autoral acontece toda sexta feira, as 21h30. Músicos e bandas de gêneros variados apresentam seus repertórios autorais. Este projeto foi idealizado para que os músicos e bandas tenham um espaço que fortaleça a cena independente. Ja passaram por aqui La Ruta, Chico Salem e Felipe Antunes, Sganza & a Zaga, Rodrigo Gigante, Cabeça Óca, Cavaco com Tudo, Landau 170, Quiero Ser Una Chica Almodovar, Elio Camalle, Izé, Augusto Teixeira, EnFrente e outros. Nossa pauta está aberta, mande seu projeto.

Feminino Concreto

O projeto Feminino Concreto, surgiu da necessidade de abrir a nossa casa para essa mulherada maravilhosa que anda por aí criando sons. Nosso objetivo é potencializar esse movimento de união para dar visibilidade para as mulheres que sempre estiveram presentes nesse universo, mas nem sempre com o devido reconhecimento.

Nos dias atuais, a energia feminina tem se manifestado com muita força na música – e no mundo. As mulheres sempre estiveram presentes, mas nem sempre recebendo o espaço e o reconhecimento que mereciam. Agora cada vez mais artistas estão se posicionando, se unindo e criando uma força dentro e fora do mercado.
Todo esse crescimento das mulheres na indústria da música parte de um movimento feminino de conscientização e descobrimento de uma força interna, que acaba transformando-se em visibilidade e reconhecimento. A partir disso, artistas mulheres estão tomando consciência de si mesmas e de seu espaço, fortificando-se e estabelecendo sua presença no mundo da música.

O projeto se desenrola durante a programação do Alvenaria e em forma de mostra uma vez ao ano.

Veja as fotos da Noite Feminino Concreto na SIM São Paulo 2019

Noite Feminino Concreto // SIM São Paulo 2019

click no botão para ver programação completa.
The Feminine Concrete project arose from the need to open our house to this wonderful woman who walks around creating sounds. Our goal is to enhance this union movement to give visibility to women who have always been present in this universe, but not always with due recognition. Nowadays, feminine energy has manifested itself very strongly in music - and in the world. Women were always present, but not always receiving the space and recognition they deserved. Now more and more artists are positioning themselves, coming together and creating a force inside and outside the market. All this growth of women in the music industry is part of a women's movement to raise awareness and discover an internal force, which ends up becoming visibility and recognition. From this, women artists are becoming aware of themselves and their space, strengthening themselves and establishing their presence in the world of music. The project takes place during the programming of Alvenaria and in the form of shows once a year.

Curso de Pintura em Cerâmica

No dia 01/12/2018 vamos ter mais um curso com Marina Pelorca do Oficinaria!

Pintura em cerâmica com técnica de baixa queima.

No Curso  veremos uma apresentação e explicação sobre os materiais e métodos de pintura em porcelana/cerâmica e processo de queima para finalização das peças (que cada aluno fará posteriormente em casa).

Na parte prática, será criado um desenho que depois de transformado em decalque é aplicado sobre o prato. O aluno é livre para escolher e levar qualquer referência de arte para criação do desenho, e na aula terá algumas ilustrações impressas para servir de modelo ou inspiração.
Aplicado o decalque, a parte da pintura será ensinada usando pincel com tinta de baixa queima específica para cerâmica . Os alunos terão um pires como apoio para treinar e praticar os traços, caso queiram, antes de fazerem o prato.
Não é preciso levar nenhum material. A disposição haverá lápis, borracha, papel vegetal, tesoura, e ainda individualmente um pincela, um prato e/ ou caneca e um frasco de tinta que poderão ser levados para casa.
A oficina é destinada a qualquer um que se interesse e queira aprender sobre pintura em cerâmica/porcelana e não é necessário ter nenhum conhecimento prévio.
Marina Pelorca é formada em jornalismo pela Cásper Líbero e artista de alma desde criança. Na infância cresceu em meio a telas e tintas incentivada pela mãe que tinha na pintura à óleo um grande hobby. Desde então, diferentes técnicas de artes e artesanato se tornaram seu passatempo, macramê, decoupage, giz pastel, aquarela, entre outros. Já na faculdade, acabou se voltando para o design gráfico, realizando cursos nesse segmento na escola Panamericana. Quando retornou à sua cidade natal no interior do estado, Ribeirão Preto, desempregada, decidiu ocupar o tempo ocioso novamente com arte. Descobriu a pintura em porcelana e junto dela uma oportunidade de empreender. Há três anos criou a Oficinaria e hoje vive exclusivamente desse projeto.
Quando: 01/12 – das 14h às 17h
Carga horária: 3h
Investimento: R$ 140,00 (Material incluso) – Transferência bancária ou pagamento no local.

Dramaturgia na mesa – Democratizando a nova dramaturgia brasileira

Acreditamos na potencia dos novos textos teatrais brasileiros e vamos abrir espaço para que todos possam entrar em contato com essa efervescência dramatúrgica. Com encontros semanais, vamos realizar leituras dramáticas de textos inéditos e não-ineditos contemporâneos, seguidos de um bate-papo informal.

E para dar um toque de descontração nosso bar estará aberto…. teremos bons drinks, empanadas e muita gente bacana para trocar impressões.

Neste primeiro ciclo serão cinco autores diferentes. Confira a programação completa:

03/08 – “Casa Vazia” de Carolina Barres
Elenco: Angelina Trevisan e Samya Peruchi

Ana e Veri foram um casal por 10 anos e hoje decidiram se separar. A peça se passa, em seu tempo presente, no dia em que Ana e Veri se mudam da casa que compartilhavam, para vidas e lares separados.

10/08 – “Iara” de Natália Xavier
Direção: Maria Fernanda de Barros Batalha
Elenco: Vanessa Garcia, Edi Cardoso e Michele Araújo

Numa espécie de tragédia mítica latina-brasileira as mulheres-pássaras narram a história de Iara: mujer guerrêra que após ter seu ventre violado por Yópi, o ‘grande deus’, tenta matá-lo e foge, passando a gerar a cada duas semanas um filho que ama e odeia ao mesmo tempo. Assim começa uma guerra. Assim empeza una história. A saga segue até que Iara se transforme em sereia. Até que Iara se torne el próprio mar. E o canto que ressoa do teu corpo não é pra enfeitiçar

17/08 – Breviário de Marcos Gomes
Direção: Marcos Gomes
Elenco: Andrea Tedesco, Carla Kinzo e Daniela Schitini.

A peça reúne parte dos textos curtos escritos e dirigidos pelo dramaturgo no Teatro Cemitério de Automóveis.

24/08 – “Fóssil” de Marina Corazza
Elenco: Natália Gonsales

O texto Fóssil escrito por Marina Corazza e idealizado pela atriz e bailarina Natalia Gonsales, parte da Revolução que acontece desde 2012 no Norte da Síria e que tem sido conduzida principalmente pelas mulheres. Encabeçada por curdos e curdas, a Revolução tem um forte caráter anarquista social, de democracia participativa, que se instaurou no epicentro da guerra na Síria e dos ataques do Estado Islâmico às populações dessa região.
A peça articula histórias dessas mulheres com memórias de mulheres na ditadura brasileira de 64, ao apresentar uma mulher que busca, em uma empresa de gás, financiamento para realizar um filme sobre essa Revolução na Síria.
Uma mulher entra numa sala de reuniões de uma empresa de gás para tentar financiamento para seu filme sobre a Revolução do Norte da Síria, e encontra um homem de blazer. Conforme ela fala sobre seu projeto, relações dúbias de opressão vão se construindo entre ele e ela. Em um plano que atravessa o plano dela com o homem, a mulher fala de sua mãe, presa política na ditadura de 64. O papel contraditório de financiamento das artes por grandes empresas também perpassa toda a peça. O petróleo é a pedra fundamental, porém quase invisível, sobre a qual a dramaturgia foi construída. A linguagem tem se materializado no caminho de um teatro que ecoa o absurdo para poder falar do terror.

31/08 – “Bicho Solto” de Zen Salles

Rocco sequestra do manicômio o seu irmão mais novo, GPS, para ajudá-lo a roubar carros nos cruzamentos da cidade. Mas, antes de tudo, eles passam pela lanchonete de fast food onde Amy trabalha durante o dia e ela empresta um revólver para os dois. Amy é absolutamente dependente de Rocco, mais um entre seus vícios, já que também vende diversos tipos de drogas no Pussy Night Club. É lá que Amy sacia a sua clientela com a ajuda de Lady Dick, uma travesti feminista. E o que era para ser só mais uma noite de curtição e loucura, acaba se transformando em enorme tragédia. Dividida em três partes, essa peça teatral revela as desventuras de personagens que transitam entre as sombras e não conseguem escapar do círculo vicioso das relações tóxicas.

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